07/06/2013

Porque adotar a Gestão Legal quando dava certo sem ela?

A reflexão inicial nos leva à popular frase “em time que se está ganhando não se mexe”. O que muito se ouve nesta seara de aprendizado sobre gestão legal é que o mercado jurídico sempre “deu certo” com seu formato de administração familiar, artesanal e por tantas vezes ingênua e amadora.
São muitas as razões para essa percepção, envolvendo desde aspectos sociais até econômicos. Atualmente, porém, pode-se dizer que, para cada perfil de advogado, há uma justificativa congruente para convencê-lo da importância da implementação da gestão legal.
Para o mais ambicioso, a possibilidade de ganhos maiores com a estruturação da gestão da banca seria suficiente. Para o advogado agregador, talvez bastasse a hipótese de um ou outro colega da banca deixar o grupo ou se desmotivar por falta de organização ou plano de carreira. Provavelmente, o colega competitivo precisaria apenas vislumbrar uma crescente e contínua aproximação da concorrência; e o advogado vaidoso, por sua vez,  talvez se deslumbrasse com as inúmeras possibilidades de visibilidade que o marketing jurídico oferece.  Vê-se espaço, inclusive, para o sócio conservador, já que este almeja a segurança proporcionada pela zona de conforto e, nesta profissão, ela se encontra invariavelmente nas atividades de cunho jurídico, não restando muito tempo para a dedicação a uma administração mal organizada.
Apesar de todas essas razões, o que se sobressai e serve a todos são as exigências cada vez mais complexas impostas pelo mercado. O grau de consciência de sua posição e de suas necessidades está cada vez mais presente na vida das pessoas, o que provoca uma evolução indiscutível na sociedade e consequentemente no direito.
No médio prazo, é fato que os clientes permanecerão ou buscarão bancas e advogados que atendam às suas expectativas não apenas quanto à tecnicidade ou especialização jurídica, mas quanto ao grau de conhecimento e intimidade com o seu negócio e segmento empresarial, excelência no atendimento e estrutura operacional eficientes e compatíveis com os da empresa.
Portanto, a necessidade de alinhamento do mercado jurídico aos interesses dos clientes é cada vez mais evidente e, qualquer que seja o perfil do advogado, uma realidade que se faz presente.

Texto escrito por Juliana Mollet, sócia da Mobidomo Consultoria.

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