01/07/2013

Tratar atividade como um "negócio" é tendência jurídica

Confira a reportagem da Mobidomo que fala de tendências na advocacia como Negócio rentável.
SÃO PAULO
Em um mercado cada vez mais competitivo, no qual os escritórios de pequeno e médio portes chegam a representar 99% da advocacia, a profissionalização tem sido uma necessidade para a sobrevivência das bancas. Tratar o escritório como uma empresa, o que até bem pouco tempo era visão apenas dos grandes, tornou-se vital no setor jurídico. 
Hoje dois fatores potencializam a profissionalização das bancas: o primeiro é o crescimento de investimentos econômicos no País, o segundo é a modernização do Poder Judiciário, que obriga os escritórios a se profissionalizarem e a investir em sistemas de tecnologia para poder gerir os processos judiciais. 

Especialistas em gestão de escritórios de advocacia apontam os elementos básicos para manter um banca no mercado de trabalho com alto de poder de competitivo. Segundo eles, para sustentar com saúde o escritório, é preciso uma visão geral da economia e da globalização, a utilização de técnicas modernas de administração e, acima de tudo, tratar o escritório como um négocio que precisa fundamentalmente crescer e ter continuidade. 
Segundo Fábio Soares professor de pós-graduação, MBA e LLM da Escola de Economia e Escola de Direito da Fundação Getulio Vargas (FGV), a profissionalização da advocacia vai além da otimização dos processos. 

"Quando usamos o termo otimizar passa a ideia de que o escritório deve comprar um software e ele estará inserido na sociedade da informação", diz Soares. 
De acordo com ele, a profissionalização dos escritórios precisa de outros elementos na gestão da banca que passa por: rotinas administrativas mapeadas, planejamento estratégico, conhecimento do seu cliente final, além de manter um plano de carreira claro e estabelecido com seus associados. "Se o escritório não tiver uma inteligência de negócios forte ele acaba se perdendo pela falta do que a sociedade da informação exige para a evolução do judiciário e pelo aumento do consumo", diz Soares. 
Dores do crescimento 
O professor explica que a grande crise da advocacia se dá quando o escritório começa a crescer e não consegue administrar esse desenvolvimento. "O advogado não estuda para ser um gestor jurídico do ponto de vista operacional do escritório, ele foi formado para ser técnico de direito" , diz Soares. 
O especialista defende que o ideal é a banca planejar essa profissionalização, mesmo que seja trazendo alguém de fora para que isso aconteça. 
Outra opção destacada por Soares é que um sócio seja transformado num administrador legal. "Com um profissional nessa posição, o escritório propicia o controle de seus clientes e associados, e tem uma nítida visão da concorrência e de sua posição no mercado", diz Soares. 
De acordo com a sócia da Mobidomo Consultoria, Juliana Mollet "a profissionalização da advocacia é uma tendência e os empresários do direito estão em fase de transição para uma nova era focada na gestão integrada de processos e pessoas". 
Para Mollet, as rotinas das bancas jurídicas modernas demandam níveis de organização e gestão especializadas que sejam compatíveis com o nível de excelência exigido nos serviços vendidos e referenciados. 
A advogada enfatiza, ainda, que os conceitos de administração e gestão que vem de fora do País são disseminados como modelo por algumas das grandes bancas. "No entanto, podem ser totalmente adequados à empresas jurídicas de qualquer porte. E o fundamental é que o advogado possa se ver inserido nessa nova realidade adaptada à sua linguagem e ao seu formato de gestão do escritório", diz. 
Mollet e a sócia Marcia Bicudo entendem a importância do tema e formataram um trabalho inovador de Administração Legal totalmente customizado para necessidades e tendências desse mercado jurídico. "O que mais buscam os 'neoadvogados', empresários visionários do direito, é o aumento de produtividade e resultados em seu negócio. Esse objetivo é plenamente alcançável por meio do planejamento estratégico focado em pessoas e na gestão dos processos", complementa Márcia Bicudo.

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